O karma como imposição de rédeas para controlar uma humanidade desenfreada em suas atitudes mais cruéis, vis e sanguinárias, foi necessário ser imposto (sim, imposto) garganta abaixo das pessoas – tal como o pecado, eis que o karma é oriental e precisávamos de um controle mente/emoção também para nós cidadãos do ocidente. O medo do sobrenatural ou do que poderia acontecer com quem fosse “ruim” na pós-morte foi implementado gradativamente com sementes de condutas filosóficas, ética e moral. Em uma primeira instância, regrou as condutas sociais tornando-nos mais mansos e coabitáveis. Com o passar do tempo e com as constantes influências manipulatórias de interesses vindos de diversas fontes terrenas e extra, culminou em desastres religiosos e fanatismos mortais.
Todavia, os ganchos da ilusão vão mais profundamente ao cerne da psique do ser humano. E isso é fácil de entender, pois somos pessoas com características pessoais diferentes e isso dá palco para férteis e variadas crenças limitantes.
Com o pecado e o carma as pessoas, a humanidade já estão assim, se degenerando, pense como seria se não os tivéssemos. Certamente não estaríamos aqui para comentar isso.
ResponderExcluirOlá, Washington.
ResponderExcluirDe fato, entender os dois como um limitador de atos e transgressões é o mesmo que pensarmos em pena de morte... Os bandidos e assassinos continuam roubando e matando, apesar da pena.
Todavia, ainda uma opção de condutas morais e éticas, regimentadas pela sociedade que pune para poderem viverem sem o receio de serem atacadas, correto?
Nesse âmbito, entender o pecado/karma como recurso que regra é acreditar que não somos livres para podermos optar por sermos cidadãos de bem... Veja... a maldade, por assim dizer, existe independentemente da punição - seja divina ou humana - acreditar em algo assim (karma/pecado) é estarmos regramos por planos mentais, os quais nos conduzem também mentalmente a ainda crer que somos direcionados por um "destino" que rege nossos atos, ajamos nós ou não. Se fazemos algo e a reação é insatisfatória foi o karma; se não o fazemos e não há reação, também o foi, por questão simples: a não ação, ainda é uma ação. Logo,não se escaparia do karma. A pergunta que se faz é: quem criou as leis humanas? O ser humano. Quem criou as leis divinas?? Algum ser divino? Ora, se assim o fosse, voltamos a não sermos livres, ou, pior, presos por regras concebidas por seres ditos divinos que nada mais fazem que nos conduzir sob as rédeas do karma como forma de coibir nossa liberdade de optar por sermos gente de bem (ou de mal). O medo cerceia o caminhante da jornada inibindo suas possibilidades de viver e experimentar. Se a humanidade hoje em dia está um caos, o está sob a ótica de quem? Na pré-história, também era caos, um homem das cavernas entra na caverna de outro e mata seu adversário pelo simples fato de querer copular com sua fêmea. Na Idade de Ouro de Roma, comer e vomitar e copular eram regras normais. Sem pecado. Fazia quem queria. Na Idade Média, os orientais eram considerados hereges, simplesmente pelo fato de não serem ocidentais, e, pelas leis "divinas" condenados à danação através da morte pela espada em nome do Cristo Jesus, o qual, por sua vez, jamais pregou tal ato. Em assim sendo, a "crença" no inferno, ou no paraíso, no karma ou no pecado, fazem parte do implante mental dogmático que conduz o fraco de consciência ao eterno retorno e recorrência. Ser livre é ter consciência suficiente para anexar o conhecimento à sapiência e assim, nos tornarmos mestres de nós mesmos, livres das amarras... Agora, também somos livres para nos atarmos ao pedestal inerte e rígido de uma fé que se cristalizou em um período que nem sequer temos noção e que, apesar de não mais estar agindo, ainda retém os que se permitem a isso. Nesse caso, paciência.
Grato, sua participação lógica e racional sempre oportuniza ótimo debate e esclarecimentos.
Até mais.
K.J.