Para algumas pessoas, recordar é
o próprio trauma em si.
Esquecer as memórias então uma
defesa da agonia do passado duro vivenciado.
Estabelece-se então uma espécie
de implante tão profundo no subconsciente que apenas a menção da intenção da
lembrança faz com que as células devidamente programadas reajam como uma forma
de proteger o organismo vivo de qualquer dor ou padecimento que ditas
lembranças possam acarrear de volta à consciência.
Todavia, tal programa de
esquecimento ou defesa, começa a agir como se vida própria tivesse, ampliando a
“proteção” antes restrita a um fato apenas, a praticamente tudo o que se possa
deduzir como prejudicial e assim, numa cadeia sucessiva, como uma espécie de
guardião, as memórias começam a ficar seletivas e a vontade perde sua força
mantendo a existência em um estado praticamente vegetativo de experimentos e
vivências inócuas e anestesiadas.
A consciência, em espasmos de
liberdade, grita ao indivíduo para que desperte desse entorpecimento contínuo,
o qual migra de existência para existência, até que, assolada pela inquietude
interna, a própria pessoa começa a buscar novamente os motivos pelos quais não
se lembra.
Então, surge em cena um novo
guardião. O temor!
Este, solapa a ação da consciência
anestesiando com um sofrimento sonambúlico a condição primordial da pessoa, que
deixa de ser feliz e inicia uma busca inglória pela mesma felicidade que se
autocerceia com receio de que ao encontrá-la, irá perdê-la em função direta de
sua efemeridade. Assim o drama se alimenta dessa carga energética expelida
pelas angustiosas expressões e condutas radicais na forma de ectoplasma livre,
solto pelo ar.
Portanto, recordar-se, reaver
suas memórias é a chave exata e matemática para sanar as questões obscuras de
nossa mente, as quais preencherão as lacunas ocultas instaladas por essa forma
de poupar o ser humano de qualquer lembrança traumática. Se a busca se dá, a
pessoa está pronta a recuperar suas informações no tempo necessário que levar
para corajosamente derrubar as paredes que um dia serviram de proteção.
Por isso que a presença de um
profissional, devidamente habilitado em Terapia de Vidas Passadas, em
Regressão, Resgate, é imprescindível para o suporte emocional afim de que o
buscador de si consiga se sentir seguro o suficiente a ordenar, organizar o
tabuleiro das peças desse intrincado quebra-cabeças que são suas próprias
experiências vividas apaixonadamente em outras épocas e que hoje ecoam dentro
de seu íntimo como a chave libertadora das memórias vividas outrora;
desinstalando, desabilitando gradativamente cada registro amargo, denso, com a
purificação dos conceitos formais também adquiridos como herança temporal.
Dessa forma, a reprogramação, ou
ainda, a formatação do próprio Registro dentro do Arquivo da memória celular,
passa a ser convertido em novos dados inseridos pela Essência libertada com as
virtudes do Ser, da Consciência livre de qualquer peso ou carga de emoções
atreladas à punições, castigos, culpas, perigos, traumas, fobias, limitações,
saudades, paixões, prazeres, confusões, equívocos comuns no cenário existêncial de toda
humanidade que se permite vivenciar a trajetória terrena e submeter-se às intempéries
de toda sorte sensorial que o corpo físico, emocional e mental possa reter como
registro da própria magnificência da existência em si.
Ao esquecermos dessa fantástica e
incrível dádiva oportunizada pelo concurso da carne e cairmos na fossa da faixa
vibracional da densidade turva que oportuniza a aproximação de interessados em
nossa energia vital, deixamos de lado nossa luz sublime para vivermos de
recorrência em recorrência cada vez mais densos e obstruídos pela força
esmagadora da inconsciência manipulada por nossa própria autorização em função
de receios e agregados oportunistas das diversas escalas dimensionais e
hiperfísicas. A angústia abre espaço à lágrimas que, para manter a defesa do desconhecido (já vivido) acrescenta de maneira falsa, mas exponencialmente sensorial uma dor absurda e inverídica a ponto de desligar o indivíduo da ânsia de buscar resolver-se, gerando, toda vez, conflito e confusão.
A retomada do estado de liberdade
se dá com a inquietude ou até mesmo com o incômodo que nos impulsiona a
alcançar a informação ou o conhecimento preciso para colocarmos em ação o
mecanismo da nossa própria libertação, ainda que mantendo a existência
paradoxalmente simultânea em um ambiente planetário totalmente contrário à
liberdade rumo à nossa individuação.
Eis o segredo: romper barreiras
mantendo o teatro terreno.
Por afinidade vibracional vamos
nos encontrando um a um, resgatando-nos aos poucos, mesmo que a pressa urja
dentro de nós.
Saibamos esperar, mas em constância para não nos atropelar
revelando-nos antes do tempo planejado.
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