sábado, 12 de maio de 2018

A MEMÓRIA CELULAR E A DEFESA AUTOMÁTICA


Para algumas pessoas, recordar é o próprio trauma em si.

Esquecer as memórias então uma defesa da agonia do passado duro vivenciado.

Estabelece-se então uma espécie de implante tão profundo no subconsciente que apenas a menção da intenção da lembrança faz com que as células devidamente programadas reajam como uma forma de proteger o organismo vivo de qualquer dor ou padecimento que ditas lembranças possam acarrear de volta à consciência.

Todavia, tal programa de esquecimento ou defesa, começa a agir como se vida própria tivesse, ampliando a “proteção” antes restrita a um fato apenas, a praticamente tudo o que se possa deduzir como prejudicial e assim, numa cadeia sucessiva, como uma espécie de guardião, as memórias começam a ficar seletivas e a vontade perde sua força mantendo a existência em um estado praticamente vegetativo de experimentos e vivências inócuas e anestesiadas.

A consciência, em espasmos de liberdade, grita ao indivíduo para que desperte desse entorpecimento contínuo, o qual migra de existência para existência, até que, assolada pela inquietude interna, a própria pessoa começa a buscar novamente os motivos pelos quais não se lembra.

Então, surge em cena um novo guardião. O temor!

Este, solapa a ação da consciência anestesiando com um sofrimento sonambúlico a condição primordial da pessoa, que deixa de ser feliz e inicia uma busca inglória pela mesma felicidade que se autocerceia com receio de que ao encontrá-la, irá perdê-la em função direta de sua efemeridade. Assim o drama se alimenta dessa carga energética expelida pelas angustiosas expressões e condutas radicais na forma de ectoplasma livre, solto pelo ar.

Portanto, recordar-se, reaver suas memórias é a chave exata e matemática para sanar as questões obscuras de nossa mente, as quais preencherão as lacunas ocultas instaladas por essa forma de poupar o ser humano de qualquer lembrança traumática. Se a busca se dá, a pessoa está pronta a recuperar suas informações no tempo necessário que levar para corajosamente derrubar as paredes que um dia serviram de proteção.

Por isso que a presença de um profissional, devidamente habilitado em Terapia de Vidas Passadas, em Regressão, Resgate, é imprescindível para o suporte emocional afim de que o buscador de si consiga se sentir seguro o suficiente a ordenar, organizar o tabuleiro das peças desse intrincado quebra-cabeças que são suas próprias experiências vividas apaixonadamente em outras épocas e que hoje ecoam dentro de seu íntimo como a chave libertadora das memórias vividas outrora; desinstalando, desabilitando gradativamente cada registro amargo, denso, com a purificação dos conceitos formais também adquiridos como herança temporal.

Dessa forma, a reprogramação, ou ainda, a formatação do próprio Registro dentro do Arquivo da memória celular, passa a ser convertido em novos dados inseridos pela Essência libertada com as virtudes do Ser, da Consciência livre de qualquer peso ou carga de emoções atreladas à punições, castigos, culpas, perigos, traumas, fobias, limitações, saudades, paixões, prazeres, confusões, equívocos comuns no cenário existêncial de toda humanidade que se permite vivenciar a trajetória terrena e submeter-se às intempéries de toda sorte sensorial que o corpo físico, emocional e mental possa reter como registro da própria magnificência da existência em si.

Ao esquecermos dessa fantástica e incrível dádiva oportunizada pelo concurso da carne e cairmos na fossa da faixa vibracional da densidade turva que oportuniza a aproximação de interessados em nossa energia vital, deixamos de lado nossa luz sublime para vivermos de recorrência em recorrência cada vez mais densos e obstruídos pela força esmagadora da inconsciência manipulada por nossa própria autorização em função de receios e agregados oportunistas das diversas escalas dimensionais e hiperfísicas. A angústia abre espaço à lágrimas que, para manter a defesa do desconhecido (já vivido) acrescenta de maneira falsa, mas exponencialmente sensorial uma dor absurda e inverídica a ponto de desligar o indivíduo da ânsia de buscar resolver-se, gerando, toda vez, conflito e confusão.

A retomada do estado de liberdade se dá com a inquietude ou até mesmo com o incômodo que nos impulsiona a alcançar a informação ou o conhecimento preciso para colocarmos em ação o mecanismo da nossa própria libertação, ainda que mantendo a existência paradoxalmente simultânea em um ambiente planetário totalmente contrário à liberdade rumo à nossa individuação.

Eis o segredo: romper barreiras mantendo o teatro terreno.

Por afinidade vibracional vamos nos encontrando um a um, resgatando-nos aos poucos, mesmo que a pressa urja dentro de nós. 

Saibamos esperar, mas em constância para não nos atropelar revelando-nos antes do tempo planejado.


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