sexta-feira, 3 de agosto de 2012

A DOR DA PERDA

Sejamos mais radicais: o pai que perde seu filho por via de uma doença ou uma tragédia. Como isolar tristeza de dor, como diferenciar uma de outra? Neste caso não há avaliação sistêmica para avanço ou evolução (prescinde que desconsideremos fatores atrelados à crença cármica, pois aí teríamos justiça e não dor ou sofrimento inatos). Nesse cenário o indivíduo possui um período natural e específico para recompor-se energeticamente e emocionalmente através do luto. Além disso, sim estaria se permitindo um sofrimento em demasia que o atrairia para um retardamento de seu avanço, instalando-se a apatia, dando azo a desgastes de ordem emocional, psíquica, tristeza, depressão, cuja aura de energia densa, além de contaminar os que o cercam, ainda atrairá espectros de vibração similar que culminaria num casulo cuja crosta engrossaria cada vez mais.
Não nos dando por satisfeitos, vamos à cata dos que alegam sofrer por um amor.
Há também que separarmos aqui com distinção amor de paixão e ilusão. O amor verdadeiro é incondicional, portanto, estando ou não o objeto do afeto presente, o amor é o mesmo, não cabendo nesse caso o sofrer. Mas, atenhamo-nos então à paixão. Se sofre é dor, correto? Bem, paixão é sentimento de posse, no caso desse dito “sofrer por paixão” será, logicamente, pela não-posse da outra pessoa para seu desfrute e gozo. Essa cena de dor que se apresenta é um engodo para comoção ou autovitimização, também com o egoico intuito de comover, para com isso, atrair o objeto da paixão de volta. A evolução deixa de existir.

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