Em assim sendo, o ritual místico da cristificação resta desnecessário, pois a consciência, sendo ciente de si em sua essência, o é hoje, ontem e amanhã. Ela É! Faz parte inseparável do próprio Ser, não importando em que condição esteja ao estar atrelada pelos ditos defeitos psíquicos – que entendemos também fazerem parte do Ser com funções específicas.
Seria como cobrir uma lâmpada acesa com toda e qualquer espécie de lixo. O fato de a limparmos totalmente com diversos produtos de higiene não significa que a luz emitida tenha se alterado.
Além do mais, a “cristificação” é um ato que está atrelado a uma manifestação de energia vinculada ao próprio Cristo e sabemos que Cristo é o termo usado em português para traduzir a palavra grega Χριστός (Khristós) que significa "Ungido". E mais, que esse termo grego, por sua vez, é uma tradução do termo hebraico מָשִׁיחַ (Māšîaḥ), transliterado para o português como Messias. Dessa forma estaríamos trabalhando, de certa maneira, sendo seletivos e um tanto quanto incoerentes, se considerarmos as crenças filosóficas e teológicas de um budista ou de um judeu, um xintoísta, um hindu, e até mesmo de um ateu; dificilmente seus conceitos culturais iriam permitir a efetiva atuação dessa purificação vindo do Cristo, que em verdade seria uma “unção” ou um ato “messiânico”, literalmente falando.
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