domingo, 12 de abril de 2015

O ESQUECIMENTO - 2

Consciência Livre
O influente educador, autor e tradutor francês Hippolyte Léon Denizard Rivail, notoriamente conhecido como o codificador do espiritismo sob o pseudônimo de Allan Kardec ainda tece um comentário buscando justificar esse esquecimento: Se não temos, durante a vida corpórea, uma lembrança precisa daquilo que fomos, e do que fizemos de bem ou de mal em nossas existências anteriores, temos, entretanto, a sua intuição. E as nossas tendências instintivas são uma reminiscência do nosso passado, as quais a nossa consciência, — que representa o desejo por nós concebido de não mais cometer as mesmas faltas — adverte que devemos resistir.
Consciência Livre
Por outro lado, temos outra explicação através do Mito do Soldado Er elaborado por Platão. O mito de Er é uma história que Platão conta no livro A República. Trata-se de um relato, de alguém que retornou do Hades. Nesse mito, o essencial é que fossem quais fossem as injustiças cometidas e as pessoas prejudicadas, as almas injustas pagavam a pena de quanto houvessem feito em vida, a fim de purificarem a alma. Depois de cumprida essa etapa de pagamento, o soldado Er observou então que os que já tinham pago os seus pecados regressavam à vida, passando por um lugar onde um mensageiro dos deuses pega em lotes modelos de vida e os dispõem para as almas escolherem, pois iria começar outro período de tempo de vida humana. Havia destinos para todas as espécies, mas destas escolhas resultavam imensas armadilhas. O essencial era escolher a fim de não cair na ganância da tirania e da riqueza, evitar os excessos na vida mundana e optar sempre com muita prudência. Só assim um humano alcançaria a felicidade suprema, não esquecendo que a escolha deveria ser dirigida pela procura da virtude, pois a responsabilidade pesaria apenas sobre quem escolhe. Depois as almas foram conduzidas para a planura do rio Lete e todas foram forçadas a beber certa quantidade de água, esquecendo tudo, umas mais que as outras, conforme bebiam mais ou menos. As que irrefletidamente bebiam mais, esqueciam demais, eram os tolos e as que bebiam menos eram os sábios.
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