O Psiquiatra e psicoterapeuta suíço que fundou a psicologia analítica Carl Gustav Jung defende que o ato de esquecer seria um processo normal em que certos pensamentos conscientes perdem a sua energia específica – energia emocional - devido a um desvio de nossa atenção. Não há mais ligações, ou queremos esquecer. Logo, o “esquecimento” de coisas desagradáveis é chamado por ele de conteúdos recalcados, ou seja, quando o ORGULHO está em jogo a memória “prefere” ceder.
Uma lembrança agradável ou não pode surgir com o contato inconsciente de algum tipo de símbolo ou arquétipo (cores, odores, sons) que eventualmente desencadeiam, ainda que inconscientemente, certos tipos de sintomas, tal como uma dor de cabeça ou náuseas ao se ouvir um apito de trem ou navio, recuperando uma memória de algum drama já vivido.
Por se considerar a maioria das memórias ou lembranças como algo desagradável ou que não mais se pode viver, de uma forma ou de outra, causaria algum tipo de desconforto, ou sofrimento (saudade) evita-se remexer nesse baú; o esquecimento surge como uma espécie de botão “delete” que se usa como defesa.
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