Ah, o Tempo.
Nunca se tem Tempo. E se lhe
disser que o Tempo é Vida?
Então não se tem Tempo para olhar
longe.
Não se tem Tempo para se
alimentar e mastigar os alimentos.
Sem Tempo para olhar o próprio
filho. Ou ouvir os delírios do pai ancião.
Está-se sobre a Terra e não se
tem Tempo para caminhar descalço. Abraçar uma árvore. Nadar num riacho...
Não há Tempo para respirar
direito. Parar de olhar para si com tanto drama e tragédia. Valorar as coisas
tolas e supérfluas que não lhe competem.
Não sabe aproveitar o Tempo.
Esquece-se de amar, de beijar, de
abraçar. E, quando chega o Tempo, com seu fiel da balança, chega a hora real de
partir e imploramos por mais Tempo. Quer-se então corrigir erros, ajustar
pendências, deletar equívocos, dizer o que não foi dito e ficou entalado no
peito.
Num eterno recorrer, ir e vir,
tantas e tantas chances e oportunidades são dadas. E a culpa, a
responsabilidade é do Sistema, ou do Tempo que foi longe demais, ou era curto
de menos.
Mas então, agora, não há mais Tempo,
eis que não há mais Vida. Que fazer além de lágrimas? O mundo está de pernas
para o ar, nunca houve Tempo. Somente o Agora. Faça diferente. Já!
Pois o Tempo sem Tempo te espera.
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