segunda-feira, 23 de julho de 2012

A VONTADE É BASE PARA ALGO?

Então, os cenários são fatores não-decisivos, mas sim a VONTADE de não aceitar a dor e o sofrimento como base para o avanço – qualquer que seja.
Ainda não satisfeito com essa avaliação, queremos refutar mais.
Não podemos deixar de considerar com meridiana clareza a força terrível da opressão, seja pelo desejo de poder ou de outro objeto insólito de crueldade; ela pode incutir a dor e o sofrimento torturante a outros. Como exemplo máximo do que queremos expor, temos o caso do Kabir Jesus.
Indiscutível que sofreu dores e padecimentos sobre-humanos, mas atentos aqui, estes foram incutidos por outrem. Jesus – como outros nobres seres – voluntariou-se a passar por isso, sabia o que viria pela frente, tanto que chegou a recusar, pois sua proposta não era sofrer, muitíssimo pelo contrário, era quebrar as leis antiquadas e trazer o AMOR. Isso foi uma ameaça ao poder vigente, ameaça concreta, tão concreta que eliminaram o “mal” pela raiz.
Antes disso, tivemos o caso do senhor Sidarta Gautama; encontrou o equilíbrio somente depois de experimentar a abundância e a ausência. Em ambas as vertentes não havia alegria plena, autêntica, voluntária, mas insatisfação, busca; somente quando encontrou o centro, por força de sua opinião, é que deixou de ser uma possibilidade para converter-se em libertação, ou iluminação.


Mahatma Gandhi, muito questionado, também fez algo similar. No cerne da dor e do sofrimento divulgou a não-violência, a não-dor, o não-sofrimento como caminho.
O mesmo faz até os dias de hoje o último Dalai Lama...

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