Mas o que impulsionaria o primeiro se tinha de tudo? Bem, a ganância não existe, pois no experimento não há esse tipo de comparativo para tal época. A única possibilidade que se apresenta seria a de querer facilitar mais ainda o que já é fácil, ou seja: o modo de caçar, cozer, de habitar; com ausência de necessidades que fazem o sofrimento e que geram dor, mas, eis aí o fator de novo: se o primeiro, por exemplo, acaba descobrindo que sua caverna pode melhorar é porque ela não estava 100% boa!
Se percebe também que a flecha é melhor que o machado e mais segura que a lança é porque existia algo inconforme.
Sim, mas o fator marcante é que o primeiro, mesmo percebendo possibilidades de melhora não dramatiza, não sofre, não se identifica com a possível “dificuldade” como um problema a ser valorizado, mas apenas enxerga avanços e melhorias como algo natural, gostoso, ALEGRE; ou ainda, uma oportunidade. Regozija-se com suas descobertas.
Então seria a alegria um mero estado de espírito? Não necessariamente, mas sim uma opção. Sigamos.
Se eventualmente viesse a não mudar, aí sim o primeiro Homem da Caverna poderia sofrer, pois estaria de posse de um conhecimento que não foi colocado em prática, assim, sabia da possibilidade de avanço e por algum quesito não o alcança.
Pois nos dizem que a necessidade é a mãe das invenções, mas não do sofrimento. Todavia, o mesmo não é órfão. Seria o sofrimento uma invenção do ser humano ou de criaturas além de nosso alcance cerebral terreno? É algo para ser pensado futuramente...
Nenhum comentário:
Postar um comentário