Viver sob a
força do medo não é fácil. Muitos que o fingem desconhecer podem agir com
petulância ou ironia diante dos que são vítimas dessas reações, tidas até mesmo
como patológicas, mas quem o conhece de perto sabe o quão problemático pode ser
sua manifestação.
Ora, então a
questão é simples: erradiquemos o medo e pronto! Liberdade, certo?
Gostamos de
alertar que no estágio em que vivemos hoje não se deve erradicar o MEDO (por
agora). Entendemos o medo como um elemento denso de grande força, tal como um “cabeça
de legião” de todos os temores e que importa em um nível de compreensão além do
que a maioria se encontra. O medo ainda hoje nos é necessário como defesa
pessoal. O medo é o limitador de nossos exageros e equivocações diante das
intempéries do curso existencial. Sem o medo como regulador emocional e
psicológico estaríamos caindo no extremo do pêndulo e certamente correríamos
riscos e colocaríamos nossa integridade física e a dos outros em risco. É uma
espécie de defesa, por ora.
A
possibilidade de sua erradicação total existe, entretanto, se eliminar o medo
assim, sem compreendê-lo em sua total forma de atuação, sem uma profunda
imersão de investigação consciente e direcionada, estaríamos atuando com
temeridade e negligência podendo cair em desequilíbrio por força de tamanha
liberdade que se adquire, culminando na falta de maturidade e, por consequência
termina-se perdendo o RESPEITO e com isso novamente perde-se a liberdade; isto apenas
para indicarmos alguns fatores superficiais que a falta de controle pode
ocasionar.
Não queremos
com isso disseminar o “medo” de erradicar o medo. E também não queremos que
isso seja considerado um “implante” mental. Longe disso. Mas é por sermos
zelosos com quem pratica é que precisamos ser sinceros. Vamos com calma. Mas
procuremos com dedicação sairmos de nossa zona de conforto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário