Outro ponto que não ajuda muito a questão kármica como órgão de justiça é quando algo terrível ocorre a uma pessoa numa determinada existência, a justificativa forçosa e pouco lógica é: “Foi o karma!” Nada mais resta então do que resignar-se com a tragédia já ocorrida e cuja compreensão e entendimento se dá à posteriori vindo suprir uma lacuna única e meramente como consolo. Não se permite outra opção.
O Resgate, por sua vez, vale-se da tônica de evitar essa conduta programada e de raciocínio curto indo além; busca a purificação dos registros pretéritos (e provavelmente futuros) por conduta antecipatória trazendo não apenas a compreensão e o entendimento dos motivos pelos quais algo trágico poderá vir a ocorrer – ou, em muitos casos, durante sua vigência – por via da limpeza do dito karma e do pecado (e ainda de distúrbios psíquicos – desde que haja consciência do Consulente) com a atuação de todo o procedimento intrínseco do próprio Resgate em si como uma espécie de instrumento de conexão com o Íntimo, o Eu superior de cada pessoa, restabelecendo com a erradicação da polarização, a individualidade plena, absoluta, a qual, por sua vez, desarraiga – ou evita com um salto misericordioso a frequência da justiça; onde há justiça, não há consciência, não há misericórdia.
Essa mesma ação da pessoa que sai adiante na ânsia de se resolver de alguma maneira significativa, preenche satisfatoriamente o limbo existencial e filosófico do indivíduo.
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