Como somos resultados de nossas condutas e convicções, ao sentirmos nossas estruturas sendo invadidas por outras, a primeira reação psicológica é a separação de bom e mau e imediatamente nossa mente desenha um ser maligno diante de nós, ainda mais se estamos acostumados à literatura religiosa de anjos loiros, de vestes azuis e longas asas e surge-nos um ser mais parecido com o inseto parecido com um besouro ou um louva-a-deus!
Percebemos que deixamos de aprender muito quando nos assustamos diante da presença de seres de formas diferentes das de nossa cultura, ou cujos arquétipos convencionais os representam como trevosos. E mais, quando ocorriam cenários em que a obsessão advinha e o assédio era inevitável, nossas crenças e fés não nos salvavam, nossos ditos protetores nunca surgiam, nossas conjurações eram insignificantes e assim nos tornávamos vítimas de nossa inconsistência de conhecimento e sabedoria e repletos de questionamentos angustiantes.
Mas, atendo-nos ao fracionamento em nosso íntimo, percebemos que um corpo não fica doente ou saudável ele simplesmente reflete estados da nossa própria consciência ou alma e que para nos tornar saudáveis basta expandir a consciência e isso é impossível com a dicotomia separatista de bom e mau, pois onde há fracionamento, não há cura, eis que não há completude. No caso do bem-estar, chegamos à conclusão de que a doença é a polaridade, o que separa, o que exclui. A saúde, a cura é a vitória sobre essa mesma polarização.
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